quarta-feira, 12 de junho de 2013

Só desabafo, porque o emocional foi pro vinagre.

Mônica Santos Francisco Fonte: http://www.facebook.com/#!/photo.php?fbid=10151639165462482&set=a.10151639166277482.1073741826.622462481&type=1&theater

Após receber minha indenização trabalhista e dar término à obra que estava em andamento, depois de alguns anos parada por falta de mão-de-obra e grana, recebo uma notificação interessante da Secretaria de Urbanismo, recebo não; colaram em meu portão, como ato nazista de marcar as casas de judeus e etc, como exposição pública e exemplo para os outros ousados favelados passantes, que tentam à duras pen...as melhorar sua condição de moradia, já que não fomos removidos, pois não nos encontramos em área de risco e nem temos casas em situação de risco, alguma coisa tem que sobrar pra nós. A notificação segue aí embaixo pra vocês verem. O que fazer? ninguém sabe. Assim se faz com o favelado, trabalhador, que ainda insiste em viver nas favelas, agora pacificadas. Ou saímos ou saem conosco. Só desabafo, porque o emocional foi pro vinagre.














sábado, 8 de junho de 2013

Rede Social – territorialidade e desenvolvimento comunitário.

 
 
O princípio de atuação organizado em coletivos surgiu como técnica de mobilização social na sociedade do século XX e lançou a humanidade para o desafio configurado pelo processo de atuação em grupos neste milênio. Na tentativa de adaptação às exigências contemporâneas de nossa sociedade e mescladas à interface do advento tecnológico, os atores sociais modernos, inseridos em seus contextos territoriais, organizam-se neste modelo vigente a fim de responderem a demanda engendrada na sociabilidade da prática cotidiana.
A Rede Social Borel surgiu em 2010, como uma experiência única na Tijuca, localizada na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, diante de um cenário local oportuno que facilitou estabelecer o objetivo comum entre pessoas que se conheciam e instituições que desenvolviam ação no território (JOCUM, PROVIR, FUNDAÇÃO SÃO JOAQUIM, ARTEIRAS, RÁDIO DA GRANDE TIJUCA, PRÓ-FAVELA, RODA VIVA, CIEDS).
 
 
A ligação social ao longo do tempo foi construindo uma identidade de grupo através da troca de ideias sobre como promover o Desenvolvimento Comunitário. Com o tempo, o conjunto de organizações estabeleceu para si o objetivo de articular e unir instituições locais e moradores do Complexo do Borel para elaborar, desenvolver e executar um Plano de Desenvolvimento Local, em parceria com o Poder Público, a iniciativa privada e outras organizações da Sociedade Civil.
Atualmente tem uma estrutura e funcionamento onde estão previstas duas reuniões mensais itinerantes no território. Uma (fechada) somente para os membros da rede para fins de encaminhamentos das questões comunitárias e outra (aberta) para todos os atores locais, ou não, que manifestarem desejo de participar do fórum.
A comunicação, a cooperação mútua, a luta pela melhoria da qualidade de vida comunitária, a facilidade de diálogo entre os membros do grupo, a forte representação institucional e a percepção de atuação coletiva inspirada pela sociedade atual levou-se seus membros naturalmente a considerar uma formação mais organizada de atuação.
A Rede Social Borel é fruto de um amadurecimento que está alinhado ao fortalecimento da Sociedade Civil através da mobilização social para uma maior participação democrática.

Referência:
DUARTE, Fábio; QUANDT, Carlos; SOUZA, Queila (Orgs). O Tempo Das Redes. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2008.

Por Roberto Lobo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Movimento Favela não se Cala na Indiana Tijuca"

COMUNIDADE INDIANA

No dia 09 de Junho (Domingo), ás 10:00h, haverá Reunião com representantes de Diversas Comunidades Impactadas pelo processo de Remoção.
Compareça, participe e divulgue!

Fonte: http://www.facebook.com/events/378585142262086/


quarta-feira, 5 de junho de 2013

03 Anos de Paz na Tijuca - evento comemorativo UPP Borel

Prezados, segue roteiro do evento comemorativo da UPP Borel - 03 Anos de Paz na Tijuca!

Dia 04/06 de 18:00 ás 22:00 - Fórum de Abertura (Fundação São Joaquim).

Dia 05/06 de 14:00 ás 17:00 - Torneio de Futebol Feminino (Campo Chácara do Céu);
Evento musical com professores de música da UPP Borel na Fundação São Joaquim (comunidade da Indiana) de 14:00 ás 17:00.

Dia 06/06 de de 14:00 ás 17:00 - Teatro PROERD, seguido do Coral PROERD (Igreja da Casa Branca).
 
Dia 08/06 de 06:30 ás 10:00 - Caminhada da 3ª Idade (Saída - Praça da Casa Branca- Rua São Miguel 103).
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

ARTE no MORRO do BOREL


 

O Morro do Borel, na Tijuca, tem tudo para bombar neste sábado, 25. É que lá rola mais uma edição do Amostra Grátis - evento promovido pelo Projeto Geringonça, o Coletivo Norte Comum e o Sesc Tijuca -, que reúne artistas de diversas vertentes. Participam do encontro os DJs Tudo, de São Paulo, e Leo Justi, o MC Imperador e o coletivo Digitaldubs, a Cia Ato Arte, o Connect Dance Crew, o Mural Interativo e o Varal Fotográfico. O destaque fica para a Oficina de Passinho, comandada pela Escola Livre do Passinho.
O Geringonça sempre foi um projeto de apresentações artísticas que há oito anos acontece no Sesc Tijuca. O Norte Comum inovou na gestão quando se agregou em 2011.Não ganhamos nada em troca, mas operamos o dinheiro podendo dar cachê a artistas do Rio inteiro. Saímos das unidades e fomos para as praças e morros, ocupamos espaços públicos - explica Carlos Meijueiro, do Norte Comum.
O evento que será na Antiga Quadra da Unidos da Tijuca (Rua São Miguel 430, Borel) começa às 14h. Vale lembrar que é gratuito e toda a venda de produtos será feita pelos comerciantes locais, sem lucro revertido para a organização.
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

BOREL - Batalha do Passinho!

Passinho do Borel

Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 05
 
É a Batalha do Passinho voltando para onde tudo começou, o Morro do Borel.
 
A primeira Batalha do Passinho em 2011 foi realizada na Chácara do Céu, lá no alto do Morro. E a primeira reunião para organizar essa turnê linda de 2013 foi feita na sala do Coletivo Coca-cola, dentro do Instituto de Ação e Cidadania do Borel, a quadra antiga da Unidos da Tijuca, que foi palco da festa embrasada. Tamo de volta, Borel! E o Borel nos recebeu de Braços abertos, a quadra ficou lo-ta-da. Dá uma olhada naquela foto ali em cima. Sacaram? Vou corrigir: LOTADÍSSIMA!
“Eu acho o Passinho uma manifestação cultural muito legal. Consegue reunir a garotada em um ambiente diferente e mostra o mundo da dança de um maneira light” falou o presidente do do Instituto, Carlos Alberto Araújo. A Batalha agradece muito ao seu Carlos e a toda Escola de Samba Unidos da Tijuca, que esta esculachando no carnaval carioca, vencendo dois dos quatro últimos carnavais.
Em 2013, a Unidos não venceu (ficou em 3º lugar), mas foi presenteada com a linda e simpática Juliana Alves. Na Batalha do Borel ela trocou o trono de Rainha de Bateria da agremiação pela cadeira de jurada. A musa já estava ligada no Passinho: “Já conhecia o Rafael Nike e por ele fui apresentada ao Passinho, logo no início, e me apaixonei de cara. É uma iniciativa maravilhosa organizar esse movimento que está surgindo.” Obrigado Ju!
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 00
 
Completando o Juri, Tigrão dos Ousados, sempre presente nas Batalhas, parceirão da gente. E outro parceiro que tem historia com a Batalha, MC Nego do Borel, nosso primeiro “funcionário”, dando uma moral desde 2011. Agora ele é “O Cara do Momento”.
 
Zebrinha e Mr.Passista
João Pedro Mr. Passista foi o cabeça de chave da noite. O moleque bonitão de olhos azuis está na Batalha desde 2011, sempre se destacando. Ele venceu fácil o João Paulo.
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 12
 
Na seguinte o menor Zebrinha, menor do Morro da Mineira, chamou o menor Fernandinho para o “duelo dos menor”. Vitória de Zebrinha, que conquistou a torcida. DVD, outro novinho, chamou Novinho Dinâmico e venceu tremendo tudo. Pezão tropeçou, caiu, levantou e mandou bem para vencer Dowt. Hebert, prata da casa, chamou Leo Lima e venceu em um duelo equilibrado, 2 a 1 no júri, empurrado pela torcida do Borel.
Zebrinha tem uma historia bem legal dentro da Batalha. Ele e a mãe apareceram na Batalha do São Carlos achando que o moleque ia dançar. Quando procuraram o nome dele no site nem encontraram. O vídeo dele foi feito, postado no youtube, mas não foi inscrito na Batalha. Engano confirmado, problema resolvido: Ele foi inscrito naquele dia mesmo e foi o mais votado do ranking para dançar no Borel.
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 02
 
JB Dancy, de volta a Batalha mostrou que é um dos moleques mais rápidos do Passinho. Ninja! Mas não deu para vencer GB Sheik, moleque do Borel mandando pulos altos e precisos, se classificando com o ensurdecedor apoio da torcida.
Quando Hiltinho Fantástico foi chamado o brother TK deu o toque: “Fica de olho nesse aí que ele é um dos melhores dançarinos que eu já vi”. Hiltinho confirmou o que TK disse, dançou com leveza e giros perfeitos, mandando o quadradinho até o chão na frente da Juliana Alves. Impossível para Tchelo bater de frente.
Sobrou Gugu e Demorô para o ultimo duelo da primeira fase. Gugu segue o estilo de Passinho rápido, Demorõ aposta na coreografia e no break. Os moleques dificultaram a vida dos jurados, mas deu Demorô!
Pausa para a Coca-cola e para o show dos manos do 22B, grupo de Rap do Borel que adicionou mais um tempero de cultura da periferia no caldeirão da Unidos. Samba, rap e funk na Batalha do Passinho. 22B representou!

Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 11
 
DVD foi chamado por João Pedro e foi eliminado, o menor é bom, mas fica difícil encarar um craque. João Pedro levou todos os votos do júri. Hebert também chamou um menor, Zebrinha, achando que ia ser fácil. Se deu mal, a torcida virou e apoiou Zebrinha e o carisma do menor conquistou os Jurados, Zebrinha classificado.
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 10
 
Hiltinho mostrou confiança quando chamou GB Sheik, moleque fera que tinha a torcida ao seu lado. Hiltinho não estava sozinho, ele trouxe a sua galera de Nova Iguaçu pra dar uma moral. Mais de mil tijucanos de um lado, 5 iguaçuanos se esgoelando do outro. Os dois mandaram muito bem, GB Sheik acertou pulos fantásticos e Hiltinho dançou no palco todo, provocando e mandando o quadradinho. A sentença do Juri: Hiltinho! Poxa vida hein, WOW!
Sobrou Pezão e Demorô, Pezão não tropeçou dessa vez, pelo contrário, fez tudo direitinho e caiu em pé quando tentou pulos mais difíceis. Demorô acertou os pulos e deu uma sambadinha estilo rainha da bateria para agradar a Ju Alves. Deu certo, Demorô classificado para as semifinais.
Mais uma parada para a galera da área mostrar o seu talento. E os donos da casa mandaram o seu time de juniores, a escola de samba mirim Tijuquinha do Borel. O público curtiu aplaudindo a molecada e os dançarinos eliminados caíram no samba.
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 08
 
João Paulo escolheu Zebrinha, que foi aplaudido pra caramba quando subiu no palco. Parecia fácil para o Mr. Passista despachar o menor. Se deu mal. Mesmo dançando muito, e o moleque é um craque nível seleção, João Paulo perdeu para o carisma do menor. Zebrinha na final, eliminando mais um favorito, a galera pira!
Demorô subiu na cambalhota para encarar Hiltinho. Duelo de altíssimo nível para definir o segundo finalista. Um show dos dois, pulos maneiros, breaks inspirados e quadradinhos pra atiçar a mulherada. Decisão dificílima para os juris. O resultado? Hiltinho na final!
O terceiro show da noite foi pra enlouquecer as solteiras e as não-solteiras. Para ciúme da marmanjada, Os Ousados quebraram tudo no palco da Batalha. Pipo, Pet, William e Tigrão mandaram um hit atrás do outro, teve o sabãozinho, o passinho do basquete (bas-que-te, ok?) e a participação especial do MC Saed, que isso novinho, que isso?

Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 06
 
Final: Hiltinho X Zebrinha
Era a hora da final. Hiltinho , na fome de levar o título pra Nova Iguaçu e Zebrinha, podendo se tornar “o” menor do passinho do menor. A plateia do Borel fez uma festa bonita até o fim, aplaudindo muito os dois moleques quando eles subiram. Zebrinha ficou nervoso mas mandou bem, vários passinhos maneiros e gastações pra torcida gritar (e como grita essa galera do Borel!). O adversário tirou o chapéu para o menor, literalmente. Hiltinho deu um show, dançando leve, suave, sorrindo e mandando pulos altos e giros perfeitos.

Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 07
 
Nike chamou os JUUUU-RAAAA-DOOOOOOOOOOS… e nada! Eles se recusaram a responder, primeira vez que acontece na Batalha. Nike avisou que eles teriam que decidir. JUUUU-RAAAA-DOOOOOOOOOOS: Hiltinho!
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky 09
 
Não deu zebra (nem Zebrinha) na Batalha do Borel! Hiltinho foi jogado pro alto pelos dançarinos e amigos do bonde Fantásticos. O campeão se classifica para disputar o Peneirão em Madureira e conquista uma vaga no musical mutimídia “Na Batalha”. Hiltinho dançou junto com Nego do Borel que cantou a bombadíssima “Os caras do momento” – Eu adoro! Eu me amarro! Parabens pro menor Zebrinha também, que moral que ele tem agora, despachando vários favoritos e ficando com o vice. Esse vai brilhar muito ainda!
“Alô mãe? Eu ganhei mãe! Eu te disse que ia ganhar!”. – Avisa pra tua mãe que tu ta voltando pra Nova Iguaçu com o título, Parabens moleque!
A Batalha do Passinho esta na contagem regressiva para o Peneirão BXP que vai selecionar 4 embrasados para disputar 10 mil reais e o cinturão de campeão no programa do Luciano Huck. Partiu Madureira dia 28? A gente se vê lá!
 
Batalha do Passinho no Borel foto - Maria Buzanovsky
 
Hiltinho, campeão da Batalha do Borel. |
 
Fotos: Maria Buzanovsky | Texto: Vinícius Tomas.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Favelas do Brasil - Facebook faz referência ao Borel

http://www.facebook.com/favelasBrasil
Página criada para expor discutir e divulgar de forma madura os mais variados assuntos sobre favelas periferias/subúrbio.

 Favelas do Brasil

postado há 15 horas


 

tem outro baile que a galera toda treme é la no bairro do Leme la no morro do chapéu e na tijuca um baile que é sem bagunça galera fica maluca la no MORRO DO BOREL !

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Catraca Livre participa da Reunião da Rede Social Borel

CIEDS - Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável

Fonte: http://www.cieds.org.br/703,2,catraca-livre-participa-de-reuniao-de-rede-do-borel

17/05/2013

Catraca Livre participa de Reunião de Rede do Borel

Catraca Livre participa de Reunião de Rede do Borel

 
Objetivo do encontro foi apresentar o projeto e incentivar o uso da ferramenta
Na última terça-feira, 14 de maio, o Catraca Livre, através do Bairro Educador, participou da Reunião da Rede Social Borel, na creche comunitária Chácara do Céu, na comunidade do Borel, zona norte do Rio de Janeiro. O encontro teve o intuito de apresentar o projeto Catraca Livre, explicar sobre a ferramenta de divulgação e incentivar o uso da mesma pelos membros da Rede.
 
A Rede é formada por diversos atores sociais do Borel e as reuniões têm o objetivo de discutir questões locais, trocar ideias e dialogar sobre ações colaborativas em prol do Borel e seus moradores. Nesse dia estavam presentes representantes da UPP, UPP Social, Bairro Educador, Arteiras, Associação Projeto Roda Viva, Fundação São Joaquim, JOCUM Borel, PROVIR, Rádio da Grande Tijuca, Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Agência Rede das Juventudes, Justiça Comunitária, Escola Municipal Borel, Escola Municipal Chácara do Céu, Catraca Livre e Creche Comunitária Chácara do Céu.

O Catraca Livre é um projeto jornalístico que visa à inclusão por meio da comunicação. Constitui-se de uma plataforma que inclui diferentes meios - rádio, internet, jornal – divulgando oportunidades de cultura, educação e diversos serviços, gratuitos ou até R$20. O intuito é mostrar o que a grande mídia não informa, apresentando novos espaços e iniciativas que muitas vezes são pouco conhecidas por falta de divulgação.
Anna Carolina Cardoso, jornalista e responsável do Catraca Livre Rio, explicou como funciona a ferramenta e como é feito o cadastro, tanto de notícias, quanto de lugares e eventos. Para ela, a reunião foi muito produtiva e vai potencializar a ação do Catraca Livre no Rio. “A comunidade do Borel já é muito articulada, com certeza o trabalho deles ajudará muito” disse.
Qualquer pessoa ou instituição pode fazer parte da rede Catraca Livre e cadastrar espaços ou eventos.
Veja como é fácil aqui
Por Marina Rotenberg - Gerente de Comunicação do CIEDS

domingo, 5 de maio de 2013

Morro do Borel - facebook

                          http://www.facebook.com/morrodo.borel/about

Posso me Identificar? 10 anos da Chacina do Borel

Fonte: http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9194389734967535015#editor/target=post;postID=407484985855834220

Posso me identificar?

Há 10 anos, abril de 2003, quatro jovens foram executados no Morro do Borel. Os autores dos disparos, que atingiram as costas e as nucas das vítimas, foram policiais militares. Não há pena de morte instituída no Brasil; a execução de qualquer indivíduo, mesmo aqueles à margem da lei, é criminosa e indefensável. Mas neste caso vale destacar o perfil dos mortos, até para sublinhar o tamanho da tragédia: um era taxista; o outro, pedreiro; um terceiro, estudante; e o quarto sequer morava no Brasil, estava no Rio apenas para o alistamento militar obrigatório. Nenhum dos quatro era ligado às atividades do tráfico. Morreram sem poder se identificar.


Olhando dez anos atrás, o crime ainda choca. Mas do choque, da indignação e da revolta nasceu um movimento: "Posso me identificar?". Capitaneado por uma das mães sobreviventes da chacina e abraçado por toda uma comunidade, o movimento ganhou o país e outros interlocutores na sociedade. Talvez seja  o primeiro grande momento em que a sociedade carioca brada contra os chamados autos de resistência. Era um grito contra o absurdo do assassinato cometido pelo próprio Estado e também contra o absurdo dos jovens que não puderam sequer se identificar, não puderam ao menos dizer: "Ô, seu moço, sou trabalhador. Tava batendo uma laje ali no Terreirão e agora to voltando pra casa. Tá aqui minha identidade, abre minha mochila para ver meu caderno de aula. Quer que eu pegue o diploma lá em casa para provar?"

Passados dez anos, as dores e feridas continuam latentes. Mas algumas vitórias também foram contabilizadas neste caminho. Talvez a mais significativa seja sutil: o respeito e reconhecimento à memória do que de fato aconteceu. Quantos são os meninos que morrem em vielas de favelas cariocas e, taxados como bandidos, assim figuram nas manchetes dos jornais e no imaginário coletivo? No caso do Borel, conseguiu-se reverter isso - ainda que nos primeiros dias, os veículos de comunicação tenham comprado a versão oficial, a verdade prevaleceu e a memória de Carlos Alberto, Carlos Magno, Everson e Thiago enquanto jovens trabalhadores e estudantes, inocentes executados pelo Estado, foi preservada.

Outra pequena grande vitória: desde o início deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro determinou o fim do registro de autos de resistência nos casos de homicídios cometidos por policiais. A expressão foi abolida do vocabulário oficial dos boletins de ocorrência do estado do Rio - e este é um reconhecimento pelo próprio Estado dos abusos e execuções cometidas que ficam escondidos sob este véu do auto de resistência.

Alguns reveses também foram coletados no caminho. Nenhum dos cinco policiais acusados do crime está preso, nem mesmo o que foi formalmente condenado pela Justiça. O Brasil, infelizmente, ainda não sabe lidar bem com essas questões (vide a barbárie do Carandiru, julgada apenas 20 anos depois). 

Na última semana, o Borel fez memória da tragédia. Mas memória talvez não seja a expressão mais apropriada, porque diz respeito ao passado. Um passado que, cruzes-bate-na-madeira-mangalô-três-vezes, a gente não quer que se repita. Só que o ato não se propôs apenas a recordar um pretérito mais que imperfeito. Foi além e também denunciou o cenário presente, pois são muitos os que ainda morrem sem poder se identificar, sem ter a chance de defesa. Pelas armas oficiais do Estado.

O Estado brasileiro segue violando diária e diuturnamente os direitos das pessoas, sobretudo as mais pobres. E nem vou entrar em outros méritos, nem falar dos que morrem (sem se identificar!) nas filas dos hospitais, dos que são removidos sem o diálogo que a lei exige, dos que são desrespeitados e pisoteados em suas culturas tradicionais, daqueles a quem são negados os serviços e bens mais básicos para uma vida adequada; atos que também se constituem como graves violações de direitos (humanos!).

Mas quero me ater somente a esse direito mais básico, residual, primeiro, que é o direito à vida (mesmo que indigna, estou falando apenas mesmo da vida, do sopro, de permanecer respirando, o coração batendo). Quão grande é o número dos que ainda morrem sem poder se identificar? Quantos são os diálogos ainda hoje somente possíveis entre o pescoço e a forca, entre a bala do revólver e a nuca nua e preta? Os dados estão aí: em 2010, cerca de 50 mil pessoas foram mortas por arma de fogo no país: a maioria jovem, a maioria negra, a maioria pobre. Quão cruel ainda é a realidade para milhares de jovens nos guetos do Brasil!

Uma frase de Dalva, mãe que transformou seu luto em luta, sempre me impacta. Diz ela que se não estivesse lutando por justiça, estaria mais morta que seu filho. O grito feito em nome dos quatro jovens do Borel continua atual e deve também ser o nosso. "Ei, seu moço, posso me identificar? Eu sou o Jader, jovem, preto, estudante, e desse jeito não dá para continuar!"

 
Abaixo um pequeno documentário, de dez minutos, sobre a chacina, dez anos depois. Para quem quiser saber mais sobre a história...
 

Escrito por Jader Moraes

sexta-feira, 26 de abril de 2013

“O passo foi dado” - Rede se apresenta a moradores do Complexo do Borel


“O passo foi dado”

Rede se apresenta a moradores do Complexo do Borel



A noite da última terça-feira, 14 de junho, marcou um dos momentos mais importantes para a Rede Social Borel desde a sua fundação, há quase um ano. Como parte das comemorações do primeiro aniversário da UPP, a rede se apresentou à comunidade e promoveu a discussão sobre temáticas ligadas ao dia a dia dos moradores.
A reunião ocorreu no CIEP Antoine Magarinos Torres Filho com a presença de mais de cinquenta pessoas, entre moradores do complexo do Borel, instituições locais que compõe a rede, associações de mototáxis, kombi e vans, associações de moradores e representantes do poder público.



Para iniciar o encontro, Mônica (Arteiras) apresentou a rede e as razões de sua existência. A partir de um resgate histórico, ela lembrou que a rede é a continuidade das lutas do povo do Borel. “Precisamos ampliar o diálogo com o Poder Público para que os novos programas, projetos e serviços passem a considerar o que já existia antes da implantação da UPP”, comentou.


Em seguida, Netto (JOCUM) divulgou os serviços e programas que passaram pelas reuniões da rede, e estão entrando nas comunidades. Citou a  Light, com a instalação de novos relógios, e a CEDAE, com a nova taxa de água e esgoto.
Netto lembrou ainda dos projetos do Pronasci: Mulheres da Paz e Protejo (jovens), que acontecerão na Obra Social Santa Cabrini; o Canal Futura, que deseja beneficiar uma instituição local com uma sala multimídia e acervo de programação socioeducativa; e o Justiça Comunitária, que contratará assistentes sociais, mediadores comunitários, entre outros.
“Precisamos estar atentos, pois na comunidade existem profissionais com o perfil técnico requerido pelos programas, e muitas vezes as equipes técnicas chegam já prontas”, alertou Netto.
Roberta e Chicão, presidentes das associações de moradores do Borel e da Indiana, falaram do Guardiões do Rio, projeto que prevê ações de preservação do rio Maracanã através da limpeza das canaletas das comunidades.


O Capitão da UPP, Bruno Amaral, foi outro que ressaltou a importância da rede: “O antes e depois do Borel é fruto da participação de todos”, disse.

UPP Social e CET-Rio

Tales, da UPP Social da prefeitura, explicou o que é o programa e falou que tem a mesma metodologia da Rede: primeiro, o diálogo e levantamento de demandas, depois as ações mais práticas.


Enfim, o encontro foi encerrado com a tão aguardada participação do sub-coordenador da área de manutenção da CET-Rio, Luiz Fernando. Ele tirou dúvidas sobre questões relativas ao trânsito na comunidade e anunciou algumas ações que estão em discussão no órgão para ordenamento do tráfego no Borel:

- a proibição de estacionamento no Terreirão;
- o estacionamento em apenas uma mão na Estrada da Independência;
- o estabelecimento de horário de carga e descarga;
- a colocação de placas indicativas, para ida e vinda de mototáxi e kombi.

Da discussão acalorada, saíram algumas sugestões dos moradores, que formaram uma comissão para discutir as propostas com a CET-Rio. As principais sugestões foram:

- restrição de horário para o tráfego de caminhões
- retirada dos carros abandonados ao longo da Estrada da Independência
- planejamento de locais e horários para estacionamento
- desenhar “mão inglesa” nas curvas para facilitar o entendimento



A avaliação final foi que, a partir deste encontro, um passo importante foi dado: a rede conseguiu atingir um de seus grandes objetivos, que é estimular a participação da comunidade em um fórum de discussão e construção de políticas públicas com representantes do governo. Tudo isso em uma noite de frio e chuva, o que demonstra que as comunidades do Complexo do Borel estão cada vez mais mobilizadas e articuladas!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

MOBILIZAÇÃO - Creches Conveniadas


Mobilização para a 2ª Reunião do Movimento de Luta das Creches Conveniadas/RJ.
Dia: 26 de Abril de 2013.
Horário: 14h.
Local: Igreja dos Capuchinhos, Rua Haddock Lobo, 266 – Tijuca - Rio de Janeiro.
 ENTRADA PELA RUA ALMIRANTE GAVIÃO, Nº 29.



Esta Mobilização tem o objetivo de continuidade nas discussões. 
Informamos que o abaixo assinado já esta circulando na rede:
Destinatário: Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Educação do Município do Rio de Janeiro, Câmara dos Vereadores do Município do Rio de Janeiro, Ministério Público Estadual do RJ, MEC - Ministério da Educação e Cultura. s/10905.
Atenciosamente,
Profª Drª Deise Nunes (membro do Fórum Permanente de Educação Infantil / Rio de Janeiro).

CONVITE aberto á Comunidade


 
 Jornada Mundial da Juventude

               
Paróquia São Camilo

 Comunidade Nossa Senhora das Graças e Comunidade São Sebastião

 

1º de Maio – Dia do Trabalhador

'Deixe o fogão em Paz  e venha almoçar conosco'

 
Dia: 01/05/13


Local: Quadra da Igrejinha

(em frente à Capela Nª Senhora das Graças)

Atrações a partir das 10 h

 Almoço servido de 12h30min até 14h30min

Convites: R$ 7,00

Convites: Miramar, Creche Santa Mônica, Crehe Chácara do Céu, Hosana, Igreja São Camilo, Arthur, Eliane, Tavinho, Detinha, Valéria, Silvia, Antonieta, Totonha

Cardápio: Arroz, Feijão, Macarrão, Carne Assada, Farofa, Salada.  Grátis um com copo de refresco.

(bebidas e sobremesas a venda no local)

 
Ajude Um Voluntário da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro de 23 a 28 de Julho.

domingo, 21 de abril de 2013

Chacina do Borel completa 10 anos

http://global.org.br/programas/10-anos-da-chacina-do-borel-sem-justica-nao-ha-paz/

10 anos da Chacina do Borel – Sem justiça não há paz!


Em 2003, o povo pobre e negro do Rio de Janeiro era submetido ao terror silencioso das ações policiais. Invasões de domicílio, prisões arbitrárias, agressões e espancamentos, torturas, execuções sumárias, eram tão ou mais comuns que hoje em dia, mas naquela época levantar a voz contra isso tudo era muito difícil e arriscado. Havia 10 anos, o país ficara estarrecido com duas chacinas grotescas cometidas por policiais, Candelária e Vigário Geral, que revelara ao mundo todo o horror da violência policial no Brasil.
Abril de 2003, parecia que mais um capítulo dessa história de terror e medo estava sendo escrito. No final da tarde do dia 16 de Abril, quatro rapazes foram assassinados durante operação policial do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na comunidade do Borel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Impedidos de se identificarem, Carlos Alberto da Silva Ferreira, pintor e pedreiro; Carlos Magno de Oliveira Nascimento, estudante; Everson Gonçalves Silote, taxista; e Thiago da Costa Correia da Silva, mecânico, foram atingidos na cabeça, tórax, braço e antebraço. O laudo cadavérico mostrou que os disparos foram efetuados à “queima roupa”.

Não puderam se identificar!

Naquela tarde, Thiago foi encontrar Magno, seu amigo de infância, na barbearia que fica na Estrada da Independência, uma das principais vias da localidade. Quando Magno e Thiago saíram do barbeiro, escutaram tiros e correram. Carlos Alberto, que tinha acabado de chegar na barbearia, também correu. Os três rapazes atravessaram a via e entraram numa vila bem em frente: a Vila da Preguiça.
Ao entrarem na Vila, foram alvejados. Magno, que tinha apenas 18 anos, morreu na hora. Levou seis tiros, sendo três pelas costas. Thiago, que tinha 19 anos, ainda agonizou no chão pedindo socorro e dizendo que era trabalhador. Morreu após levar cinco tiros, sendo um pelas costas. Carlinhos tinha 21 anos. Sofreu doze disparos, sete deles pelas costas. Cinco dos disparos atingiram a parte interna do seu antebraço direito e mãos direita e esquerda – o que demonstra que tentava se defender dos tiros efetuados contra ele.
Outra vítima fatal da operação foi Everson Silote, de 26 anos. O taxista voltava para casa a pé quando foi rendido por policiais na Estrada da Independência. Como trazia na mão um envelope com todos os seus documentos, tentou se identificar e, por esse motivo, teve seu braço direito quebrado por um golpe do policial. Afirmando ser trabalhador, insistiu em mostrar os documentos, mas foi executado antes de apresentá-los.
Além das quatro vítimas fatais, essa incursão policial ainda deixou baleados Pedro da Silva Rodrigues e Leandro Mendes. Os policiais registraram as mortes como “autos de resistência”, alegaram uma suposta “legítima defesa” contra alguma agressão. No entanto, as investigações concluíram que os quatro rapazes foram mortos numa emboscada.
 
A luta por justiça
As mobilizações e pressões levaram com que a polícia civil indiciasse cinco, dos dezesseis policiais envolvidos, por homicídio qualificado.
Em 2004, o 3º sargento da PM, Sidnei Pereira Barreto, foi julgado e absolvido por júri popular. Em 2005, o 2º tenente, Rodrigo Lavandeira Pereira, que comandou a operação no Borel, também foi julgado e absolvido. Em 2006, o cabo Marcos Duarte Ramalho foi julgado e condenado a 52 anos de prisão, pelos homicídios qualificados e tentativa de homicídio. Como previa na época o Código Penal, o policial teve direito a um novo júri, pois sua pena ultrapassava 20 anos de prisão.
O novo júri aconteceu em 27/11/2006 e confirmou a condenação, alterando a pena para 49 anos de prisão (45 por três homicídios e 4 por uma tentativa de homicídio). A condenação de Ramalho parecia ser o início da justiça no caso. Entretanto, apresentando recursos em todas as instâncias possíveis, os policiais que restam a ser julgados, Washington Luís de Oliveira Avelino e Paulo Marco da Silva Emilio, conseguiram adiar por várias vezes a realização do júri.
Em 2009, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, contrariando o parecer da relatora, a desembargadora Maria Helena Salcedo, decidiu, por maioria, aceitar o recurso apresentado pela defesa do cabo Marcos Duarte Ramalho, que já estava cumprindo pena, e anulou o julgamento de 27/11/2006. Como consequência, Marcos Duarte foi libertado e o novo julgamento foi adiado várias vezes, até sua absolvição.
O policial Paulo Marco da Silva Emílio, que foi julgado no dia 29/11/2010 (período da invasão do Complexo do Alemão, o que pode ter influenciado o júri) também foi absolvido. Embora todas as provas e evidências apontassem para sua condenação (as provas mostravam que ocorreu execução, pelas costas), a defesa do policial usou o clima existente de “guerra da polícia heroica pela pacificação do Rio”.

Da chacina à UPP

A mobilização do Borel marcou época na história da luta contra a violência do Estado no Rio e no Brasil. Muitos casos foram à justiça e saíram vitoriosos. O próprio Estado foi obrigado, após muitas tragédias e lutas, a mudar em parte seu discurso de confronto e “guerra ao crime”. Embora a retórica tenha aparentemente mudado, a realidade concreta da violência estatal continua oprimindo as comunidades, agora incluindo novos mecanismos.
As violações de direitos nas favelas ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) têm sido frequentes, incluindo execuções sumárias. Passado um período inicial de expectativa, os moradores das favelas “pacificadas” começam a se mobilizar contra essas violações, e também nessa nova fase da luta o Borel foi pioneiro: em protesto ao “toque de recolher” imposto por policiais da UPP instalada na comunidade, os moradores, principalmente os jovens, os que mais sofrem com as arbitrariedades da polícia, organizaram-se e se mobilizaram no ato intitulado “Ocupa Borel”, para demonstrar que não concordavam com mais esse absurdo.

Em memória e por justiça dos jovens que não tiveram o direito a se identificar, participe!
•16/04 – Exibição de filme e debate, na Jocum (Terreirão), às 18h.
•20/04 – Caminhada na comunidade e instalação de uma placa em lembrança a chacina. Concentração em frente à antiga quadra da Unidos da Tijuca (Borel), às 15h30.
Realização: Familiares das Vítimas do Borel, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, Movimento Ocupa Borel, Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e Núcleo Piratininga de Comunicação e Justiça Global.

Mais informações:
http://www.redecontraviolencia.org/
www.facebook.com/redecontraviolenciarj
redecontraviolencia@uol.com.br
 
 
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sábado, 20 de abril de 2013

CONVOCATÓRIA

REUNIÃO de REDE do BOREL - ABERTA
Data: 14.05.2013
horário:09h30min
Local: Chácara do Céu - CRECHE