sexta-feira, 26 de abril de 2013

“O passo foi dado” - Rede se apresenta a moradores do Complexo do Borel


“O passo foi dado”

Rede se apresenta a moradores do Complexo do Borel



A noite da última terça-feira, 14 de junho, marcou um dos momentos mais importantes para a Rede Social Borel desde a sua fundação, há quase um ano. Como parte das comemorações do primeiro aniversário da UPP, a rede se apresentou à comunidade e promoveu a discussão sobre temáticas ligadas ao dia a dia dos moradores.
A reunião ocorreu no CIEP Antoine Magarinos Torres Filho com a presença de mais de cinquenta pessoas, entre moradores do complexo do Borel, instituições locais que compõe a rede, associações de mototáxis, kombi e vans, associações de moradores e representantes do poder público.



Para iniciar o encontro, Mônica (Arteiras) apresentou a rede e as razões de sua existência. A partir de um resgate histórico, ela lembrou que a rede é a continuidade das lutas do povo do Borel. “Precisamos ampliar o diálogo com o Poder Público para que os novos programas, projetos e serviços passem a considerar o que já existia antes da implantação da UPP”, comentou.


Em seguida, Netto (JOCUM) divulgou os serviços e programas que passaram pelas reuniões da rede, e estão entrando nas comunidades. Citou a  Light, com a instalação de novos relógios, e a CEDAE, com a nova taxa de água e esgoto.
Netto lembrou ainda dos projetos do Pronasci: Mulheres da Paz e Protejo (jovens), que acontecerão na Obra Social Santa Cabrini; o Canal Futura, que deseja beneficiar uma instituição local com uma sala multimídia e acervo de programação socioeducativa; e o Justiça Comunitária, que contratará assistentes sociais, mediadores comunitários, entre outros.
“Precisamos estar atentos, pois na comunidade existem profissionais com o perfil técnico requerido pelos programas, e muitas vezes as equipes técnicas chegam já prontas”, alertou Netto.
Roberta e Chicão, presidentes das associações de moradores do Borel e da Indiana, falaram do Guardiões do Rio, projeto que prevê ações de preservação do rio Maracanã através da limpeza das canaletas das comunidades.


O Capitão da UPP, Bruno Amaral, foi outro que ressaltou a importância da rede: “O antes e depois do Borel é fruto da participação de todos”, disse.

UPP Social e CET-Rio

Tales, da UPP Social da prefeitura, explicou o que é o programa e falou que tem a mesma metodologia da Rede: primeiro, o diálogo e levantamento de demandas, depois as ações mais práticas.


Enfim, o encontro foi encerrado com a tão aguardada participação do sub-coordenador da área de manutenção da CET-Rio, Luiz Fernando. Ele tirou dúvidas sobre questões relativas ao trânsito na comunidade e anunciou algumas ações que estão em discussão no órgão para ordenamento do tráfego no Borel:

- a proibição de estacionamento no Terreirão;
- o estacionamento em apenas uma mão na Estrada da Independência;
- o estabelecimento de horário de carga e descarga;
- a colocação de placas indicativas, para ida e vinda de mototáxi e kombi.

Da discussão acalorada, saíram algumas sugestões dos moradores, que formaram uma comissão para discutir as propostas com a CET-Rio. As principais sugestões foram:

- restrição de horário para o tráfego de caminhões
- retirada dos carros abandonados ao longo da Estrada da Independência
- planejamento de locais e horários para estacionamento
- desenhar “mão inglesa” nas curvas para facilitar o entendimento



A avaliação final foi que, a partir deste encontro, um passo importante foi dado: a rede conseguiu atingir um de seus grandes objetivos, que é estimular a participação da comunidade em um fórum de discussão e construção de políticas públicas com representantes do governo. Tudo isso em uma noite de frio e chuva, o que demonstra que as comunidades do Complexo do Borel estão cada vez mais mobilizadas e articuladas!

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